Condenado em Saídinha Temporária Incendeia Carro de Motorista de Aplicativo em Hortolândia
Segurança
Publicado em 26/06/2024

Flagrante capturado por câmeras de segurança ajuda na identificação do autor do crime

Alex, que cumpre pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia, no interior de São Paulo, foi beneficiado no mês passado por uma "saidinha" temporária, monitorada por tornozeleira eletrônica. Após o fim do benefício, ele se apresentou novamente à unidade prisional.

Devido ao reconhecimento de Alex como autor de um crime, a Polícia Civil solicitou à Justiça que ele fosse encaminhado ao 42º DP (Parque São Lucas) para ser formalmente indiciado.

Segundo o depoimento prestado à Polícia Civil, a vítima, um motorista de aplicativo de 31 anos, relatou ter se desentendido com Alex no trânsito. Conforme a vítima, o criminoso estava "fechando o trânsito" ao conduzir um GM Celta no dia 15 de junho. Após o desentendimento, o motorista de aplicativo foi seguido pelo presidiário até sua casa.

Na manhã seguinte, a vítima foi acordada pelo som da buzina de seu carro, um Ford Ka, e ao ir até a garagem, encontrou o veículo em chamas. O incêndio foi controlado pela própria vítima com baldes de água e a ajuda dos vizinhos. O fogo danificou o capô, motor, para-lamas e para-choque do carro, além do portão da residência.

O próprio motorista de aplicativo obteve imagens de câmeras de monitoramento, através das quais reconheceu Alex como o autor do crime. As gravações mostram Alex identificando o endereço da vítima, retornando ao local com o rosto coberto por um capuz e carregando um galão de gasolina. Ele despeja o líquido inflamável no veículo, que estava dentro da garagem, e ateia fogo ao acumular o combustível em uma poça em frente à residência. Em seguida, ele deixa o local calmamente.

Indignação

É indignante que alguém beneficiado por uma "saidinha" temporária, uma medida destinada à reintegração social, utilize essa oportunidade para cometer um crime tão grave. A confiança depositada pelo sistema penal foi traída de forma chocante, causando prejuízos e trauma à vítima. Esse incidente levanta sérias questões sobre a eficácia e os critérios de concessão desse benefício. A sociedade merece respostas e ações que previnam tais abusos no futuro.

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